Apresentamos o resultado de uma investigação
em torno das concepções de poder,
hierarquia, heterarquia e rede que as pessoas
mantêm nas organizações de trabalho. A mesma
é parte das investigações que desenvolvemos em
IRICE-CONICET, Argentina. Indagamos o que é
preciso aprender para produzir mudanças reais e
efetivas nas organizações. Procuramos a ligação
entre as possibilidades e limitações para aprender
com os conceitos que as pessoas usam em sua
atuação. Apresentamos um caso sobre uma cooperativa
que oferece serviços sociais aos seus
profissionais. Nossa abordagem metodológica se
baseia na perspectiva qualitativa por meio do enquadramento
da pesquisa-ação. Os instrumentos
usados para o levantamento de dados que aqui
apresentaremos são sequências gráficas, entrevistas
e discussões em grupo. As conclusões do
trabalho sugerem o abandono dos modelos antigos
baseados na fragmentação das partes e que
configuram uma estrutura organizacional vertical.
A partir de uma concepção da realidade complexa
e em redes, propomos um olhar eco-holárquico
para pensar as estruturas organizacionais. Deste
ponto de vista, as diferenças são entendidas
como subtotalidades na rede, não implicando em
relações de hierarquia de superioridade, mas sim
como um meio de complementação, colaboração
e sentido comunitário.