Examinando por Autor "Carretta, Antonio Paulo"
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Ítem Acceso Abierto Memória digital, recuperação de informação e conectividade(Universidad Nacional de Rosario. Facultad de Humanidades y Artes, 2018-11) Carretta, Antonio Paulo; Asociación Argentina de Humanidades Digitales (AAHD). Facultad de Humanidades de la Universidad Nacional de Rosario (UNR)Por ser um conceito com diversas abordagens e analogias, a noção de memória é absorvida por diversas áreas do conhecimento e possui complexas análises que podem surgir do enfoque cognitivo, físico ou social; entretanto, possui um sentido comum: memória é formada por informações e pela capacidade de guardar, preservar, recuperar, conectar e ativar estas informações. Partindo dessa proposição, com a intenção de ampliar discussões no campo das Humanidades Digitais pela ótica da Ciência da Informação, este artigo reflete sobre algumas relações entre o atributo da memória, repositórios digitais de conteúdo jornalístico, recuperação e conectividade de informação para ativar a memória em ambiente digital. Tomando como exemplo a percepção de jornalistas sobre as categorias de informações que buscam em sites jornalísticos (de acordo com pesquisa aplicada em 3 jornais brasileiros: Folha, Estadão e O Globo), 51,5% indicam buscar sempre por conteúdo retrospectivo (categoria Memória) para recordar um fato, esclarecer ou realizar relacionamentos históricos. Este resultado acentua considerações sobre o atributo de memória presente na informação digital jornalística que, segundo Palácios (2010), reflete impulsos da dinâmica de digitalização que oferece ao jornalista a capacidade de incorporar elementos de memória na produção e estruturação do texto. Dessa forma, amplia a relação hipertextual de conteúdo entre passado e presente, assim como permite gerar reportagens especiais de “cunho memorialístico”. Consequentemente, essa produção exclusiva de informação on-line requer tecnologias de pesquisa desenvolvidas para melhor entendimento da conectividade provocada no contexto da memória digital que, no âmbito das redes digitais “antes de refletir um passado morto, apresenta parâmetros para aumentar o coeficiente de previsão no fluxo ininterrupto de circulação de notícias” Machado (2006). Ao associarmos à noção de memória digital o aspecto de conectividade informativa, de certa forma, ampliamos a experiência tecnológica de criar pontes ou canais de contato entre pessoas e informações. Em um ambiente de rede, por exemplo, a informação jornalística (recuperada e conectada) adquire impacto no processo de disseminação que ampliam a circulação de informações e formam “comunidades informacionais” (MACKINNON, 2004), agrupamentos formados em canais como Facebook ou Twitter, e dentro de um fluxo on-line, multidirecional e compartilhado, que intensifica a circulação e propagação de informações e novas conexões de memória. Em última análise, essa capacidade informativa, de recuperação com precisão e conexões amplas, permite observar uma condição inovadora (entre memória-informação-tecnologia-pessoas) que, agregada ao valor da memória digital, adquire um efeito social transformador.