2021-06-222021-06-222019-12-162545-6504http://hdl.handle.net/2133/21106Em um contexto permeado por diversas opressões de raça e gênero, a escrita das mulheres negras no Brasil têm se configurado historicamente como um espaço potente para o exercício da criatividade e reelaboração de sua própria existência, onde o ato de escrever transforma-se em ato político de coragem e a ficção, espécie de abrigo. Em seus contos publicados na Coletânea dos Cadernos Negros Vol.8 (1985), as escritoras negras Anita Realce, Esmeralda Ribeiro e Miriam Alves transitam pelas questões de raça e gênero, denunciando relações de poder, estereótipos misóginos e racistas e, principalmente, reelaborando os discursos sobre as mulheres negras, em uma escrita sobre si e para si. Dessa forma, este trabalho busca entender - apoiado no pensamento de intelectuais como Patrícia Hill Collins, bell hooks, Conceição Evaristo, Gloria Anzaldua e Sueli Carneiro - os entrelaçamentos e complexidades das questões em torno do gênero e da raça que abarcam a literatura de Anita, Esmeralda e Miriam, e as maneiras com que postulam narrativas de contraconduta que se configuram como formas de resistência à mecanismos de poder e dominação como os engendrados pelos racismo e pelo patriarcado.En un contexto impregnado por diversas opresiones de raza y género, la escritura de mujeres negras en Brasil se ha configurado históricamente como un potente espacio para el ejercicio de la creatividad y la reelaboración de su propia existencia, donde el acto de escribir se convierte en un acto político de coraje y la ficción, una especie de refugio. Las escritoras negras Esmeralda Ribeiro y Miriam Alves, en sus historias publicadas en la colección Cadernos Negros Vol.8 (1985), abordan cuestiones de raza y género, denunciando las relaciones de poder, los estereotipos misóginos y racistas y, principalmente, construyen discursos sobre mujeres negras, en una escritura sobre sí y para sí. De esta manera, este trabajo busca comprender, apoyado por los pensamientos de intelectuales como Patricia Hill Collins, Bell Hooks, Conceição Evaristo, Gloria Anzaldua y Sueli Carneiro, las interrelaciones y las complejidades de los temas relacionados con el género y la raza que abarcan la literatura de Esmeralda y Miriam. También espero comprender las formas en que se construyen narrativas de “contraconducta” que se configuran como formas de resistencia a los mecanismos de poder y dominación como los generados por el racismo y el patriarcado.application/pdf61-86poropenAccessLiteraturaGêneroRaçaCadernos NegrosGéneroRazaRompendo o silêncio do sufoco: A escrita de Esmeralda Ribeiro e Miriam Alves nos Cadernos Negros (Vol.8)articleMartins Cavalcanti, Maria ClaraAtribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)