Sadi Dal Rosso2016-03-022016-03-022011978-85-86315-71-8http://hdl.handle.net/2133/5633Questionados sobre suas competências, sem condições apropriadas de trabalho e submetidos a níveis de remuneração que, segundo eles mesmos, os situa na miséria, os professores públicos primários da corte se agitam na década de 1870, participam de encontros e reuniões, organizamse, lançam abaixoassinados, redigem manifestos, fundam jornais pedagógicos. Os professores debatem sobre a situação da instrução, a má remuneração, os métodos pedagógicos, a legislação de ensino, o funcionamento das escolas e a formação dos professores. Debates de um ofício que se profissionalizava e se organizava, que partia de sentimentos de coesão, sentimentos surgidos de problemas comuns, ao longo do trabalho realizado nas escolas das freguesias da corte. Movimentação que se dava em um momento no qual os professores eram submetidos a um controle cada vez maior por parte do Estado, por meio de legislações e ordens da Inspetoria Geral de Instrução Primária e Secundária da Corte e, mesmo acatando as normas, os professores públicos buscavam subverter a ordem, ou seja, se não tinham força para rejeitar as normas, as modificavam de acordo com as posições que assumiam.application/pdf209-228poropenAccessprofessores públicos primáriosdécada de 1870BrasilO “sangue quente” que anima a classe. A luta dos professores públicos primários da corte imperialbookPart